Monday, March 31, 2008

...das identidades (take #10)...

Desde o inicio de uma formação em História da Arte, que um aluno é bombardeado com a questão do contexto: contexto de criação de uma obra, contexto sócio político do artista, contexto económico, correntes de pensamento vigentes, etc. – tudo isto importa num obra de arte, e tudo isto importa conhecer para que uma obra se possa considerar uma obra de arte.
É então necessário conhecer-se o que já passou, o que nos trouxe até aqui, o que resistiu, o que definhou, ou que foi quase morto (e que por vezes terá chegado mesmo a morrer para depois ser ressuscitado) e depois recuperado; o que se fez, como se fez, quem fez, porque fez, etc.
Arte poderá ser só um nome atribuído a uma criação – mas não terá essa criação de merecer esse nome? Para o bem e para o mal, de o merecer? Poderá esse merecimento vir com o tempo? Ou será alcançado ao fim de uma série de tentativas sequenciais, por vezes passando de geração em geração, até se atingir aquele ponto? Genialidade ou aprendizagem acumulativa?

E hoje? Quem são estes artistas que povoarão a história da arte portuguesa na primeira década do século XXI? Será que farão a história desse período? Existirá na arte portuguesa uma qualquer característica que a torne válida aos olhos dos outros? Possuirá o povo português uma identidade artística que é comunicada pelos nossos artistas?

Foram entrevistados: Tiago Guedes – coreógrafo; Miguel Bonneville – performer; Rogério Nuno Costa – performer; Ramiro Guerreiro – artista plástico; e Patrícia Portela – Encenadora.
Nascidos entre os anos de 1974 e 1985, estes são alguns dos artistas que hoje povoam a cena artística portuguesa em áreas eminentemente performáticas, do ponto de vista criativo e que, como tal, criam objectos artísticos que não só jogam a sua identidade (do artista), como questionam a de quem consome tais objectos artísticos.
…que constroem identidades.

Afinal, em que pé estamos?

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