Sunday, June 22, 2008

...das identidades (take #31) Standing Ovation (1ª parte)

Estamos a mais de meio da primeira década século XXI. Estamos em Portugal.
Estamos [estávamos...] em 2007, no segundo semestre, no último trimestre. Estamos cá, mas quem somos? Quem nos vê? Como nos vê? Como nos vemos?

Na obra performática, o tempo está a ser manipulado aqui e agora, o que somos aqui e agora também. Daqui por cinco minutos já não será o mesmo tempo, daqui por cinco minutos a performance já não será a mesma, daqui por cinco minutos já não seremos os mesmos.
E tudo está em constante devir.

Desde o início deste texto já vários ‘cinco minutos’ passaram. Se entre cada dia de escrita existisse uma quebra de texto, existiriam frases a meio, até palavras. Nada do que acima foi dito, o foi de ânimo leve. Nada ficou sem ser arrancado dos livros, das entrevistas, e tudo quanto podia ser aferido, concluído e construído nessa base, o foi. Haverá por vezes a falta de uma etnografia clássica, descritiva. Tal facto, apercebi-me ao longo do trabalho, não era relevante. Este é um trabalho teórico (correndo o risco de ter um final quase politico), e o trabalho de campo – e mais etnográfico – não foi de observação de espectáculos, foi de encontrar a identidade de cada um. E não só a artística. A pessoal. Dos criadores e de outros portugueses. Até a minha.


[Imagem: 'Flatland' de Patricia Portela (2005)]

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